A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (15/8/2022) que assinou um contrato com a Keppel Shipyard Limited para a construção da P-80, nona plataforma da estatal no Campo de Búzios. O acordo está avaliado em US$ 2,9 bilhões, segundo a Keppel.
Em comunicado, a Petrobras afirma que a estrutura será uma das maiores da indústria de petróleo e gás mundial, com capacidade para produzir até 225 mil barris de petróleo por dia (bpd), processar até 12 milhões de m3/dia de gás e estocar mais de 1,6 milhão de barris. Com início de produção previsto para 2026, a P-80 será o 28º sistema a operar no pré-sal.
De acordo com a empresa, o projeto prevê a interligação de 14 poços, sendo 7 produtores de óleo e 7 injetores. A nova plataforma pesará 140 mil toneladas, equivalente a cerca de 750 Boeings 747, e terá altura de 184 metros, o que corresponde a cinco estátuas do Cristo Redentor empilhadas. Com capacidade de gerar energia de 100 MW – suficiente para abastecer uma cidade com 300 mil habitantes – a unidade será instalada em lâmina d´água de 2100 metros – ou 5,4 vezes a altura do Morro do Pão de Açúcar.
“A P-80 integra a nova geração de plataformas da Petrobras, caracterizadas pela alta capacidade de produção e por tecnologias inovadoras para redução de emissões de CO2. A unidade irá incorporar, por exemplo, a tecnologia de flare fechado, que aumenta o aproveitamento do gás e impede que ele seja queimado para a atmosfera, de forma segura e sustentável. Outra inovação será o sistema de detecção de gás metano, capaz de atuar na prevenção ou mitigação de riscos de vazamentos desse composto”, diz a empresa.
Com reservas substanciais, baixo risco e baixo custo de extração, o campo de Búzios deve chegar ao final desta década com a produção diária em torno de 2 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe), tornando-se o ativo da Petrobras de maior produção. Quatro plataformas operam atualmente no campo de Búzios (P-74,P-75, P-76 e P-77) e outras quatro unidades estão em processo de construção (FPSO Almirante Barroso; FPSO Almirante Tamandaré; P-78 e P-79). A Petrobras é a operadora do campo com 92,6% de participação, tendo como parceiras a CNOOC e a CNODC, com 3,7% cada.
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